SUPERA recebe visita de diretor do Scientific Brain Training

Em sua visita, Franck Tarpin-Bernard conheceu a metodologia presencial de treinamento para o cérebro do SUPERA, além do presidente fundador Antônio Carlos Perpétuo e Luiz Moraes, diretor do SUPERA Online.

Na última segunda-feira (13), o diretor geral do grupo SBT (Scientific Brain Training) o francês Franck Tarpin-Bernard, veio ao Brasil e visitou a sede da franquia de escola SUPERA, trazendo as inovações do universo do “brain training”, ou treinamento cerebral.

Em sua primeira visita, Bernard pôde conhecer de perto a metodologia dos exercícios para o cérebro na modalidade presencial e a aplicação da ferramenta de jogos online, desenvolvida pelo próprio centro de pesquisas em neurociências (SBT) com sede em Lyon, na França.

Além disso, a equipe de Comunicação da franquia de escola SUPERA realizou uma entrevista exclusiva com o executivo sobre a sua experiência no Brasil, o futuro da neurociência e os benefícios da metodologia online e presencial.

Além de ser presidente do Happy Neuron, site que deu origem ao SUPERA Online aqui no Brasil, Franck Bernard é especializado em Engenharia da Computação e doutor pela Ecole Centrale de Lyon. Ele tem 3 teses de doutorado e mais de 60 publicações científicas divulgadas, além de participações em livros especializados, revistas e conferências.

Confira a seguir a entrevista feita por nossa equipe com o especialista no assunto:

O que você tem a dizer sobre esta sua primeira visita ao Brasil? Você encontrou novidades sobre treinamento cerebral por aqui?

Estou tendo uma ótima experiência, embora no início eu não tenha encontrado uma clima muito brasileiro (risos), mas pude apreciar o ambiente super dinâmico e o lado agradável de interagir com os brasileiros. Com relação ao treinamento cerebral, o mais interessante é a proposta apresentada pelo SUPERA, de acompanhar os estudantes, propondo às escolas ferramentas extremamente práticas, sobre as quais poderemos trabalhar juntos.

O SUPERA é um ótimo complemento às ferramentas tecnológicas que utilizamos hoje na França e que permitem reforçar a aprendizagem. Com elas, podemos trabalhar o que chamamos cientificamente de transferência metacognitiva, ou seja, a capacidade de transportar para a vida real e para as práticas do cotidiano habilidades extremamente precisas que desenvolvemos com os exercícios para o cérebro.

A neurociência está caminhando bem nesta direção?

Durante um tempo, as pessoas achavam que o cérebro não evoluía mais a partir de 25 anos. Mas a neurociência mostrou que isto é falso, que a neuroplasticidade é uma característica do cérebro em todas as idades. Quando somos crianças, evidentemente, o cérebro se desenvolve, mas quando somos adultos ou idosos o cérebro continua a ter uma capacidade de criar novas conexões e se desenvolver. Todo conjunto de métodos que podemos propor, com base nos estudos da neurociência, é para ajudar as pessoas a desenvolver estas novas conexões e principalmente fazer esta transferência.

O que podemos, então, fazer para desenvolver novas conexões no cérebro?

Podemos fazer palavras-cruzadas, sudoku e jogos de carta, mas é verdade que se você faz apenas isso você se tornará um especialista em sudoku, mas não te ajudará a se lembrar de onde deixou a chave ou onde estacionou o carro… Então o importante é trabalhar todas as funções cognitivas, e trabalhar isso de forma diferente e variada, e não trabalhar uma tarefa muito específica. Isto é o que propomos na versão do treinamento cerebral online, com inúmeras atividades para poder aplicar a concentração, a memorização e a lógica em diferentes contextos, mas o que eu também encontrei no método SUPERA, com muitas atividades variadas. Fazemos a repetição, mas também a variedade. Assim estamos seguindo os métodos neurocientíficos.

Quais são os problemas mais recorrentes do cérebro em pessoas de idade avançada.

Para as pessoas com 50 anos, podemos falar em prevenção, ou seja, reforçar seu capital cerebral ou capital cognitivo. Quanto mais capital você tem, mais seus neurônios estão interconectados, mais sua rede é sólida, mais você vai resistir ao envelhecimento natural, ou seja, às patologias como Alzheimer e outras, que aos poucos vão destruindo suas conexões. Se a sua rede de conexões neuronais é densa, você prolonga sua qualidade de vida.

Depois, nós temos as pessoas com mais de 60 ou 65 anos, que começam a ter dificuldades, a ideia é de reforçar a autoestima, de ser capaz de manter autonomia. Neste caso, o objetivo é melhorar o desempenho das funções cognitivas. Evidentemente, a memória é a mais importante, mas precisamos exercitar todas elas.

O que a ciência diz sobre tudo isso?

O que nós já temos comprovados hoje é que, quanto mais você tem uma vida estimulante do ponto de vista cognitivo, maios você preserva seu cérebro, o que faz com que cinco ou dez anos mais tarde, terá menor probabilidade de desenvolver doenças. Temos muitos estudos científicos que mostram isto. Está provado

O que é ter uma vida cognitiva estimulante?

Ter uma vida estimulante significa fazer um certo número de atividades, primeiro atividades que podemos classificar como naturais, como viajar ou fazer jardinagem; e as atividades mais específicas centradas no treinamento cerebral. É a combinação dos dois que faz com que você consiga a constituir uma rede neural sólida

O que dá mais resultado, os exercícios para o cérebro online ou os cursos presenciais de ginástica cerebral?

A vantagem do treinamento online é que podemos acessá-lo todos os dias, porque não temos tempo para ir a semana inteira a uma escola como o SUPERA. Com o treinamento online, você consegue atingir intensidade no treinamento, o que é importante para obter bons resultados. Em casa, o treinamento garante uma adaptação individualizada e você pode identificar quando o treinamento está muito fácil. Se você pode fazer os exercícios com muita facilidade, eles se tornam desinteressantes. A questão é encontrar um bom nível de dificuldade nos exercícios para progredir.

Ao mesmo tempo, quando nos encontramos com outras pessoas no curso presencial, podemos discutir e trocar técnicas. Assim, você consegue identificar por que consegue ou por que fracassa na resolução dos exercícios. Toda esta dimensão de interação social, somada à mediação pedagógica dos educadores, este conjunto de coisas é o que vai contribuir para a eficácia do treinamento cerebral. O ideal é fazer as duas modalidades para que seja um treinamento completo, com resultados expressivos no desenvolvimento de funções cognitivas e habilidades sociais.

O treinamento cerebral está ganhando corpo no Brasil e no mundo?

No mundo, neste momento, existe um consenso entre os especialistas de que o treinamento cerebral é um mercado em pleno crescimento. Existem várias tendências paralelas, primeiramente nos países em desenvolvimento, que possuem uma grande parcela da população em idade jovem, com um nível de educação a ser desenvolvido. Então, trabalhar as funções elementares, como a concentração e a memória, é tão importante quanto trabalhar o saber, a aquisição do conhecimento. A quantidade de crianças e jovens que vai se beneficiar deste tipo de método é considerável.

Nos países desenvolvidos, enfrentamos um problema de envelhecimento da população, com um percentual de pessoas com mais de 60 anos que aumenta a cada ano. As pessoas estão vivendo cada vez mais em boa saúde física, portanto precisamos nos preocupar com a saúde mental, ou seja, precisamos estimular e entreter o cérebro para nos mantermos autônomos por mais tempo.

Com estas duas tendências em paralelo, com grandes esforços na educação nos países mais jovens, e de outro lado, o envelhecimento e a saúde nos países industrializados, temos ótimas oportunidades de crescimento.

Os mercados mais promissores são a educação, a saúde e agora também as empresas, interessadas em melhorar o desempenho de seus funcionários. Estamos trabalhando para ajudar grandes companhias a oferecerem ferramentas para seus colaboradores. Até 2020, o ramo do treinamento cerebral deve ser multiplicado por cinco na comparação com o que temos hoje.